Não tenho certeza sobre a existência verdadeira de media-zine como um termo, mas o que quero dizer é que é uma zine média, menor que uma zine de tamanho mais comum como A5 e maior que um minizine, que costuma ser no máximo A7. Também incluo nessa categoria as zines que são apenas uma folha A4, dobradas ou não, e formatos além de As. Com isso em mente, vou apresentar minha coleção de zines desse tipo.
A Duda foi a primeira pessoa que me enviou uma zine por correio, e eu ansiava por esse acontecimento! Nem lembro exatamente quando começamos isso, se foi em 2018, 2019... e ate hoje trocamos coisas. Ela é de Brasilia, estudante de artes e cartunista, atualmente tem um selo de publicações em conjunto do namorado, que se chama Selo Sapo Estrela. Os quadrinhos dela sempre tem um humor ácido, uma ironia, uma coisa horrível e estranhamente engraçada. A maioria desses são mais antigos, de quando ela tava no ensino médio, os mais recentes são Café & Papel (2023) e Capitã Nebula (2022), além disso ela tem muitas outras publicações que são muitos grandes ou muito pequenas pro media-zine ofkdspofksd
Manual da boa garota (s.d.), Ovelha Negra n. 2 (maio/2019), Cogumelos em chamas (2022)
José Roberto Celestino, é quadrinista e artista de Petrolina, Pernambuco. Nos viramos amigos durante a pandemia por conta de uma oficina online de quadrinhos ministrada pela Carol Ito. Eu gosto muito de como ele escreve diálogos, e como o desenho as vezes demora para se formar e como isso da um ritmo diferente pras narrativas. Na foto eles estão do mais do mais velho pro mais recente. Acho que o meu favorito é o
Catapora (2022), todos são compilados de quadrinhos que ele produz quase diariamente, esse em especial é uma seleção muito engraçadinha e tem um dos meus prediletos, o da panqueca!
Isto não é uma revista de terror, é um apanhado de quadrinhos completos e ideias de comédia e terror por Cláudio Mor, Leonardo Pascoal e Thiago Cruz. É bem divertido e o mais com profissional no acabamento, me lembra uma mini revistinha que acompanha um jogo de CD. Eu comprei ano passado numa feirinha de rua junto do Garimpando Letrinhas e dos escritos de Guilherme Theo.
Garimpando Letrinhas nº. 8 (2007), são escritos de Marcela Gadelha e Cláudio Carvalho. Ele é meio como se imagina um zine quando se descobre o que é um zine fodkfpodsfk são críticas a sociedade e devaneios de fácil digestão, com muito xerox, letras de mão e colagens. Me deixa curiosa sobre como eram as outras edições, como eram distribuídas, como era o circuito de zine nos anos 2000?
Bikini Kill - The singles
Minhas letras favoritas (2022)
É exatamente o que diz, as letras favorita de
Julia Caus Falce, do album The Singles do Bikini Kill, dispostas de uma forma divertida e ilustrada. A Júlia é também responsável pela zine Chorona, líder da banda Júlia e as Choronas e mil coisas mais.
Cara pessoa - questionário (2018), escrito por Luana Alt tem formato bloco de anotações, abre no sentido vertical, e é composto por várias perguntas de múltipla escolha sobre o que você é. Esse ganhei durante minha primeira feira gráfica, quando visitei o dia de portas abertas da faculdade (que estudo hoje!).
Garimpando Letrinhas nº. 8 e Bikini Kill - The Singles
Poustplaf: Luiza no Centro de Porto Alegre (2018) é uma zine sobre esse projeto,
Poutsplaf, do fotografo Gustavo Razzera, sobre a arte e o erótico, de forma documental e ensaiada quase ao mesmo tempo. Ganhei em uma oficina de fotografia com placas de raio-x que fiz na casa de cultura com o próprio Gustavo em 2021, quando estava me mudando para Porto Alegre e as aulas da universidade estavam voltando ao presencial.
Talvez o nome dessa seja
'a reba dos 30' (ou 'o retorno de Saturno')o u talvez seja só
escritos de Guilherme Theo, eu não sei e talvez nunca saiba! Essa gosto muito do papel vermelho com as letras pretas, os escorpiões que emolduram o título da folha que dobrada vira a capa, e esse desprendimento de ser só uma folha dobrada e quando abre tem muitos poemas frente e verso como um encarte de CD com as letras das músicas. Foi umas minhas inspirações pra
essa zine que fiz.
eu descobri o que era zine, se não me engano, começo desse ano ou um pouquinho antes, faz pouco tempo. eu achei a ideia maravilhosa, morou na minha mente a vontade de fazer alguma um dia e de começar a colecionar em algum momento também.
ResponderExcluiradoro essa autenticidade, proximidade, manualidade que as zines carregam (aquele contato direto e pessoal com o artista, sinto ser bem assim).
eu gostei muitoo do post e conhecer um pouco da sua coleção ♥-♥
Li esse texto a uns dias e fiquei pensando em quantas zines eu tenho que cabem no formato media-zine e queria falar alguma coisa e acabei não escrevendo nada. Hoje eu decidi que ia contar e peguei todas as zines que tenho na minha prateleira e fui fazendo uma pilha com as que podiam ser consideradas media-zines e lendo elas uma a uma e encontrei uma carta que recebi quando fui embora de Pelotas pela primeira vez e algumas zines que foram feitas por amigos que ainda são amigos e algumas feitas por amigos que já não são mais e algumas feitas por mim quando eu ainda era uma pessoa que eu já não sou mais e no fim guardei todas sem saber quantas media-zines eu tenho
ResponderExcluireventualmente acho que vou roubar sua ideia e escrever um pouco sobre a minha coleção, achei legal que você troca zines pelo correio eu normalmente comprava/trocava quando colava nas feirinhas ou em alguns rolês, acho que as coisas são diferentes as vezes mesmo
enfim, teitei eu nunca sei muito bem como encerrar as coisas parei de escrever agora, é nóis