025: fim do arco-iris

É muito estranho pensar nos números dos anos e como tudo é tão futurista, em 2011, eu criança, já achava estranho dizer dois mil e onze. Tudo era igual mas falar uma coisa dessas soava distópico. Em 2011 eu ia a biblioteca pública quase toda semana e tinha uma vontade insaciavél de sempre estar fazendo algo, de estar na rua, numa aventura, de conhecer e falar e de ter 12 anos de uma vez. Bem antes disso tudo o que eu mais desejava no mundo inteiro era que minha familia se mudasse, e nossa, nem acredito que finalmente isso aconteceu. Finalmente tenho um quarto só pra mim com todas as minhas coisas (e meu deus, tenho mais coisas do que deveria ter!). 

É dia 17 de janeiro e tenho ouvido muuuuuuito The Doors. Viajei com um amigo e a familia dele pra praia em Itabiraquera/SC. Ainda tou trabalhando (aaaaaaaa!!), mas a partir dessa semana será só meio periodo pois minhas aulas retornaram e não quero mais sacrificar por essa porcaria de emprego (porém as coisas não são tão facéis).  Vou começar a ler um livro que meu amigo indicou que se chama A Morte A Morte de Quincas Berro d'Água. Queria sair pra comer naquela padaria cara e fazer um mecha verde mas odeio gastar.

Enquanto organizava o quarto com as coisas da mudança tentei me livrar de coisas que não me serviam mais. Joguei muitos desenhos antigos e papéis do ensino fundamental fora, nisso encontrei essas provas de que meus 14 anos foram os mais tristes: 

10 DE FEVEREIRO, 2016
Quarta-Feira
Um dia depois do Carnaval

Nota sobre as férias
Poderia talvez os raios atingirem diretamente meus pulmões, de tão fina é minha pele. Mas eu jamais daria essa chance a eles. Por isso passo os 90 dias em casa, jogando minhas esperanças no lixo orgânico e vendo se elas ajudariam as plantas a nascerem.


PS: foi em Maio de 2016 que comecei a escrever aqui.

Tenho um trabalho para entregar quinta. Acho que vou mostrar os trabalhos desse semestre por aqui, pressinto que esses dias serão melhores.